sábado, 2 de novembro de 2013

Apenas mais uma carta de [des]amor!

|Cláudia Assis



Amei-te aos pouquinhos e, ainda assim, amei muito. Amei especialmente as possibilidades [e eram imensas!]. As pessoas é que têm a mania de dificultar as coisas. Não entendo: vêem o amor e logo se assustam. Talvez isso aconteça um bocado porque a pessoa por quem a gente se apaixona é sempre uma invenção. É a nossa cabeça brincando de deus com o nosso coração. Sei lá... Mas acho que tinha tudo para ser amor esse nosso lance. Amor dos grandes, sabia? Daqueles que vão parar nas páginas de um livro. Tu foste em mim o meu melhor enredo [e ainda tenho tantas palavras por escrever em ti]. Mas isso eu já sabia antes mesmo de pegar papel e caneta [post-its muitos e de cores variadas].

[…]

Não, não pode ser o fim. Finais felizes não deveriam ter este gosto amargo da ausência [saudade!]. E tu que me havias prometido um final feliz, lembras? E por isso permaneço exatamente onde me deixaste, à espera de vislumbrar teus enormes olhos negros e brilhantes que mais parecem um grande par de doces jabuticabas, daquela gigante árvore no quintal da minha velha infância. É isso. É mesmo isso! Teus olhos eram olhos de infância, menino da Terra do Nunca.

 Amei-te aos pouquinhos e, ainda assim... amei tanto. DESMESURADAMENTE!