tag:blogger.com,1999:blog-26429243197302264502024-03-13T04:03:52.510+00:00Revista Literária SítioATV - Literaturahttp://www.blogger.com/profile/00207237779853458580noreply@blogger.comBlogger422125tag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-72638684171641078512014-06-02T19:25:00.003+01:002014-06-02T19:25:53.198+01:00Mesa do Canto - A fechar o café|Alexandra Malheiro<br />
<br />
Aprendi os cafés com o meu Pai. O prazer de sentar num deles pela manhã de fim-de-semana, a ler o jornal e a bebericar qualquer coisa, soltando o olhar de quando em vez pela montra do café feito montra do mundo, o encontro mais ou menos fortuito dos amigos que frequentavam o mesmo local, as conversas mais ou menos animadas sobre os temas de época.<br />
<br />
As minhas primeiras manifestações de independência “adulta” deram-se com ele, nos cafés, com alguns oito ou nove anos, quando me sentava sozinha numa mesa mais adiante, com o caderno das artes do JN e pedia uma água com um pneu sob a serenidade do seu sorriso escondido no bigode. Depois descobri os meus próprios cafés e hábitos, passei a ler também o caderno da política e à minha mesa pousavam ocasionalmente outros amigos, os meus, que frequentavam os mesmos lugares de afecto.<br />
<br />
Sempre entendi os cafés como lugares de afecto e ligação com o mundo, de lá se vê o mundo todo, deformado pelas melhores lentes que soubermos usar, as que vamos criando em nós, ali se encontram também todas as tribos, a fauna de cada lugar, para discutir o mundo e sobre ele traçar a sua impossível salvação.<br />
<br />
Continuo a frequentar cafés, não sempre os mesmos ao longo do tempo, eles, como eu, se diluem, se alteram, uns que fecham outros que para sempre se apagam da minha rota substituindo paisagem e fauna, ela também volúvel ao tempo e a tudo o que nos acontece, até à morte que a muitos vai levando. Continuo, quase sempre, a ler o jornal ou um seu similar e-paper, subtituí a água com pneu pelo cimbalino e, certamente, sobretudo nas manhãs de Sábado ou Domingo, levo dentro de mim o meu Pai para ler comigo as notícias do dia.<br />
<br />
Tentei neste espaço de crónica fazer-vos partilhar dos ociosos pensamentos que me assaltam no café, que é o melhor lugar para pensar, muitas vezes vos ofereci a paisagem vista da montra, os livros sobre a mesa, até os amigos em conversa. Não sei se fui tremendamente chata ou se vos deixei no ar um lampejo de sonho ou confusão, algo que vos deixasse a pensar, mas de uma maneira ou de outra foi feliz esta minha passagem pela Revista Literária Sítio – que continuarei a ler – deixando lugar a outros para este espaço mensal. Deixo-vos por razões profissionais e falta de tempo para cumprir esta “servidão” (diria o Pina) mensal, mas estou certa que continuarão aqui a buscar a frescura da literatura, o prazer da viagem que só quem lê consegue compreender.<br />
<br />
Bem hajam por me terem lido, por terem estado aí, desse lado. Boas leituras e, sobretudo, boas viagens. A literatura nada mais é senão um dos mais baratos e acessíveis meios de transporte para as mais fantásticas, únicas e fantasiosas viagens que podemos fazer, as da imaginação e dos sentidos.<br />
Fica de “brinde” este velho poema com que aqui fecho a minha participação:<br />
<br />
<br />
<b>Declaração</b><br />
<br />
Escrevo poemas nos guardanapos dos cafés.<br />
E não é fácil fazê-lo –<br />
pelo menos como eu o faço –<br />
de esferográfica,<br />
o papel tende a rasgar-se,<br />
é preciso prende-lo bem<br />
sob os dedos,<br />
estica-lo<br />
para que se não rompa!<br />
<br />
Agora mesmo, que o faço,<br />
penso<br />
como é difícil<br />
e notável<br />
esta arte que possuo –<br />
a de escrever poemas<br />
nos guardanapos dos cafés.<br />
<br />
É bem mais fácil apenas frequentá-los<br />
e beber o cimbalino quente<br />
sem pensar nos poemas.<br />
Melhor fora que guardasse<br />
as palavras no bolso,<br />
sem papel nem esferográfica,<br />
antes elas nem me assaltassem<br />
quando tomo o meu café.<br />
<br />
Mais valia a montra<br />
e o que vai para além dela!<br />
Ainda por cima<br />
o papel amachuca-se nos bolsos<br />
e depois nem consigo ler,<br />
tudo fica tão ilegível e baço<br />
como a vida para além da montra do café.<br />
<br />
Afinal... tudo faz sentido!<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">In “A urgência das palavras” </span><br />
<span style="font-size: x-small;">(2008)</span><br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-8138497135343761982014-06-01T09:13:00.000+01:002014-06-01T09:13:00.257+01:00Livros a Oeste: programa de 1 de junho10h00 - 13h00/14h00 - 17h00 - Comemorações do Dia Mundial da Criança<br />
Insufláveis, Demonstrações de Karaté, Aula de yoga, Jogos tradicionais, Aula de Zumba, animação de rua, modelagem de balões, pinturas faciais…<br />
Local: Praça José Máximo da Costa<br />
<br />
<br />
<br />
15h30 – Las Meninas<br />
Nos 50 anos das personagens Anita e Mafalda<br />
Maria José Pereira; segundo convidado a confirmar<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: Comunidade em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
16h30 – “A Minha Pátria é a Língua Portuguesa”<br />
Mário Zambujal; Patrícia Portela; Waldir Araújo<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: público em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
16h30 – Animação de Rua com a Banda da AMAL – Associação Musical e Artística LourinhanenseUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-77068284548546334122014-05-31T09:12:00.000+01:002014-05-31T09:12:00.621+01:00Livros a Oeste: programa de 31 de maio10h30 - Animação Musical de Marionetas “Galináceas” (10m)<br />
Dramatização: “A derrota do Kid Labaderas” (20-30m)<br />
Desfile de Moda: VestirArte” (15-20m)<br />
Dinamização: 11.º H de Animação Sócio-Cultural da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado - Lourinhã<br />
Público-alvo: público em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
15h00 – Poetas a Tempo Inteiro<br />
Andreia C. Faria; Aurelino Costa; Catarina Nunes de Almeida<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: Comunidade em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
16h30 – Teatro de Fantoches “A Mala Assombrada” – baseado no livro de David Machado<br />
Público-alvo: Comunidade em geral<br />
Dinamização: Biblioteca Municipal da Lourinhã<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
18h30 – Letras & Ideias<br />
David Soares; Rui Tavares;<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: público em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
21h30 - Concerto “Músicas do Mundo”<br />
Coro Municipal da Lourinhã<br />
Coro Juvenil do Externato de Penafirme<br />
Local: Auditório da AMALUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-35263671837678416222014-05-30T09:11:00.000+01:002014-05-30T09:11:00.697+01:00Livros a Oeste: programa de 30 de maio10h00 - Animação Musical de Marionetas “Galináceas” (10m)<br />
Dramatização: “A derrota do Kid Labaderas” (20-30m)<br />
Desfile de Moda: VestirArte” (15-20m)<br />
Dinamização: 11.º H de Animação Socio-Cultural da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado - Lourinhã<br />
Público-alvo: 1.º Ciclo<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
11h30 – Sessão com a Escritora Sandra Antunes sobre o livro “A Pépita de Chocolate”<br />
Público-alvo: Alunos do 2.º, 3.º e 4.º anos do 1º Ciclo<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
14h30 – Dramatização: “O Doente Imaginário” de Moliére<br />
Dinamização: Alunos do Colégio Rainha D.ª Leonor de Caldas da Rainha<br />
Público-alvo: 9.º ano e Secundário<br />
Local: Auditório da AMAL<br />
<br />
<br />
15h30 – Sessão com o Escritor Carlos Guardado da Silva e Ilustrador Daniel Silvestre da Silva, sobre o livro “Um País Silencioso”<br />
Público-alvo: Alunos do 9.º ano e público em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
17h00 – Projeto “Conta-me um Conto”<br />
Dinamização: Biblioteca Municipal de Caldas da Rainha e Universidade Sénior de Caldas da Rainha<br />
Público-alvo: Pré-escolar e 1.º Ciclo<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
18h30 – Uma Vida não me chega<br />
Pedro Guilherme-Moreira; Nuno Júdice; Rui Zink<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: Comunidade em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
21h30m – O 25 de Abril por quem o Relatou<br />
A partir do livro Os Rapazes dos Tanques, c/ os autores<br />
Alfredo Cunha; Adelino Gomes<br />
Moderação: João Morales<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues PereiraUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-76423212363073926472014-05-29T09:10:00.000+01:002014-05-29T09:10:00.065+01:00Livros a Oeste: programa de 29 de maio10h30 – As Consultas do Dr. Serafim e a Bronquite da Senhora Adriana<br />
c/ autores Rosário Alçada Araújo e Afonso Cruz<br />
Público-alvo: 3.º ano<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
11h30 – Sessão com a Escritora Ana Meireles<br />
Público-alvo: Alunos do 1.º Ciclo<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
14h00 – Animação Musical de Marionetas “Galináceas” (10m)<br />
Dramatização: “A derrota do Kid Labaderas” (20-30m)<br />
Desfile de Moda: VestirArte” (15-20m)<br />
Dinamização: 11.º H de Animação Sócio-Cultural da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado - Lourinhã<br />
Público-alvo: Pré-escolar<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
17h00 – Teatro de Fantoches “A Mala Assombrada” – baseado no livro de David Machado<br />
Público-alvo: pré-escolar e 1.º ciclo<br />
Dinamização: Biblioteca Municipal da Lourinhã<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
18h30 – Andarilhos à Conversa<br />
David Machado; André Gago; Eduardo Raposo<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: Comunidade em geral Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues PereiraUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-88203943442581524272014-05-28T09:08:00.000+01:002014-05-28T09:08:00.313+01:00Livros a Oeste: programa de 28 de maio10h00 - Inauguração do Festival Livros a Oeste<br />
Intervenções do Senhor Presidente da Câmara Municipal, do Vereador da Cultura, da Chefe de Divisão, do bibliotecário e do programador<br />
<br />
<br />
10h30 - Tuna de Ribamar e Grupo Coral “Os Afonsinhos”<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
11h00 – Sessão com a Escritora Margarida Fonseca Santos<br />
Público-alvo: 2.º e 3.º ciclos<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
<br />
14h00 – Peça de Teatro “Auto da Barca do Inferno”<br />
Público-alvo: 9.º ano<br />
Dinamização: Gteatro<br />
Local: Auditório da AMAL<br />
<br />
<br />
15h00 – Histórias filmadas<br />
Projeção de curtas – metragens: “Sem Respirar” (8,14m), de Pedro Brito (guião de Filipe Homem Fonseca) e “Histórias de Molero I, II e III” (6m cada); textos de Dinis Machado, adaptados por Afonso Cruz<br />
Seguido de conversa c/ Pedro Brito; Filipe Homem Fonseca e Afonso Cruz<br />
Público-alvo: Alunos do Ensino Secundário<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira<br />
<br />
17h00 – Workshop de Escrita Criativa com Margarida Fonseca Santos<br />
Público-alvo: Professores/as, Bibliotecários/as Duração: 3 horas (inscrição prévia)<br />
Local: Biblioteca Municipal da Lourinhã (novas instalações)<br />
<br />
<br />
18h30 - Estreias de 2013 Filipe Homem Fonseca; Bruno Vieira Amaral<br />
Moderação: João Morales<br />
Público-alvo: Comunidade em geral<br />
Local: Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues PereiraUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-79734340381486154232014-05-27T10:19:00.000+01:002014-05-27T10:19:00.089+01:00Livros a Oeste 2014A Revista Literária Sítio é Media Partner do Festival Livros a Oeste 2014. Durante o resto desta semana, publicaremos o programa diário do evento nas nossas páginas, promovendo os autores e os eventos que terão lugar no Município da Lourinhã entre 28 de maio e 1 de junho.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-CNJkricMAwI/U4MUKl7yg7I/AAAAAAAADr0/HhNDzfOGrZU/s1600/PubLivrosOeste2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-CNJkricMAwI/U4MUKl7yg7I/AAAAAAAADr0/HhNDzfOGrZU/s1600/PubLivrosOeste2014.jpg" height="213" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Todos os parceiros da Organização e principais eventos do Festival<br /></td></tr>
</tbody></table>
Para conhecer mais sobre o evento, aconselhamos a visita da página oficial do mesmo. Fique a saber tudo sobre os <a href="http://livrosaoeste.blogspot.pt/2014/05/autores.html">autores</a> presentes, o<a href="http://livrosaoeste.blogspot.pt/"> programa</a> e os elementos multimédia (<a href="http://livrosaoeste.blogspot.pt/2014/05/videos-das-sessoes.html">vídeos</a> e <a href="http://livrosaoeste.blogspot.pt/2014/05/galeria-de-imagens.html">fotografias</a>) que irão ser produzidos durante o evento.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-b75_Uw6uoNM/U4MVBF2Y4KI/AAAAAAAADr8/Mx60PcQE1KI/s1600/ProgramaLivrosOeste2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-b75_Uw6uoNM/U4MVBF2Y4KI/AAAAAAAADr8/Mx60PcQE1KI/s1600/ProgramaLivrosOeste2014.jpg" height="227" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Programa completo da edição 2014</td></tr>
</tbody></table>
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-1929367513854697882014-05-26T11:03:00.002+01:002014-05-26T11:03:40.257+01:00Festival Livros a Oeste 2014 – Um marco na Cultura da região<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Já
com três edições, o Festival Livros a Oeste, organizado pelo Município
da Lourinhã é um marco no panorama cultural do Oeste, decorrendo entre
os dias 28 de maio e 1 de junho, no Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues
Pereira.<u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Mundo Global é o tema deste ano e as iniciativas programadas traduzem esta ideia de uma comunicação mais ampla e universal. <br /><br />O
certame vai propiciar, uma vez mais, o contacto com grandes e
conceituados escritores da língua portuguesa, bem como uma feira do
livro, onde podem ser encontradas obras de referência e novidades a
preço de desconto. <br /><br />Saliente-se ainda uma vasta programação
cultural com atividades para crianças, mostras, sessões de cinema e
espectáculos diversos, que todos os anos atrai um número significativo
de público, não só do concelho da Lourinhã, mas também dos concelhos
vizinhos da Região Oeste.<br /><br />O grande destaque da agenda vai para a
presença de reputados autores do panorama literário português, como
Adelino Gomes, Alfredo Cunha, Ana Meireles, André Gago, Afonso Cruz,
David Machado, Mário Zambujal, Margarida Fonseca Santos, Nuno Júdice,
Rui Zink e Waldir Araújo, entre outros. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-ggWqkdyah-E/U4MRVtN3_qI/AAAAAAAADro/Efk0gTJyr-k/s1600/ConfIImprensa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-ggWqkdyah-E/U4MRVtN3_qI/AAAAAAAADro/Efk0gTJyr-k/s1600/ConfIImprensa.jpg" height="212" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ao centro o vereador Fernando Oliveira, responsável pela área da Cultura, ladeado pelo programador do Festival, João Morales, e por Conceição Franco, Chefe da Divisão de Intervenção Social e Cultural do Município da Lourinhã</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /><br />Nos encontros com
escritores fica a promessa de conversas ricas em conteúdo e
assumidamente informais, uma vez que também o público é convidado a
dialogar com os intervenientes no final das sessões.<br /> <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O
evento foi apresentado ontem à comunicação social pelo vereador
Fernando Oliveira, que efetuou um enquadramento do Festival e apresentou
as principais linhas de comunicação do certame. <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Evidenciou que a amplitude nacional do Festival se traduz, principalmente, <i>"no
excelente painel de autores que desde 2012 tem vindo à Lourinhã, para a
apresentação e lançamento de livros, para encontros literários e para a
dinamização de Workshops e de outras iniciativas"</i>. <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Nesta linha, destacou que o facto do festival <i>"ser um evento democrático e de fruição cultural, com entradas livres"</i>. <i>"A programação eclética e as presenças que reúne, colocam-no a par de outros certames de projeção nacional"</i>, reiterou. <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br />Acrescentou que este ano, <i>"o
Festival Livros a Oeste propicia a vinda de mais de 25 relevantes
autores portugueses, que se juntam àqueles que já brindaram a Lourinhã
com a sua presença, em edições anteriores, pelo que podemos afirmar que
já passaram pelo concelho 8 dezenas de autores"</i>.<br /> <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O edil destacou, de igual modo, o relevante papel das escolas da Lourinhã e dos estabelecimentos de ensino da região, <i>"enquanto destinatários de uma mensagem universalista que associa a cultura e o saber ao progresso da humanidade".</i> <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Disse
ainda que os estabelecimentos de ensino são protagonistas e
intervenientes diretos nesta programação, referindo como exemplo as
mostras, patentes ao longo do certame e o espetáculo que a Escola
Secundária da Lourinhã vai proporcionar no dia 31 de maio, com animação
musical, dramatização teatral e até um desfile de moda.<br /><br />Deixou
ainda uma palavra especial para os alunos de concelhos limítrofes,
nomeadamente, do Curso Profissional de Artes do Espetáculo do Colégio
Rainha D. Leonor, das Caldas da Rainha, que apresentam a peça “O Doente
Imaginário” de Moliére e para o Coro Juvenil do Externato de Penafirme,
que se junta ao Coro Municipal da Lourinhã no concerto “Músicas do
Mundo”. <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O blog oficial do evento</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">À
semelhança de 2013, o evento será comunicado através de um amplo
conjunto de meios: desde as notas de imprensa e sítio municipal, ao
facebook e newsletters, passando pelos cartazes, flyers, spots e
anúncios em rádios e jornais. <br /><br />Uma vez mais, o blog do festival </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><a href="http://www.livrosaoeste.blogspot.pt/" target="_blank">www.livrosaoeste.<wbr></wbr>blogspot.pt</a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">
vai constituir o posto avançado da comunicação do certame, quer para os
públicos interno e externo, quer para a comunicação social. <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Neste
veículo será disponibilizado o programa do evento, as biografias e
bibliografias dos autores convidados, a lista de apoios e parcerias, os
media partners, entre outras informações de interesse geral. <u></u><u></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Ao
longo do evento será disponibilizado no blog, quer para o público em
geral, quer para jornalistas, notícias sobre as iniciativas do programa,
acompanhadas por fotografias e, nalguns casos, por registo vídeo. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> </span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-80928379054574840312014-05-24T11:58:00.000+01:002014-05-24T11:58:03.355+01:00Senta-te à Beira-Rio|Carina Portugal<br />
<br />
Senta-te à beira-rio.<br />
Atenta o barco que ali vai<br />
Corrente a baixo, que se esvai<br />
Entre os cabelos do estio.<br />
<br />
Entrança seus rumos.<br />
Sê guia do destino, feiticeira,<br />
Sê aquela que é ao olhar sereia,<br />
E ao escutar sussurros.<br />
<br />
Toca o Sol ao pôr.<br />
Emprestado toma-lhe então<br />
Luz, aconchego e coração,<br />
Que seu cerne é flama e ardor.<br />
<br />
Lança-os ao vento,<br />
Áureo nómada, mensageiro.<br />
Envia-o ao teu marinheiro<br />
Que ao céu reserva-se atento.<br />
<br />
Sob o seu toque e beijo será viva<br />
A recordação deixada ao largo,<br />
A doce donzela que de encargo<br />
Vela o regresso à despedida.<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-458643281114204902014-05-23T12:00:00.000+01:002014-05-23T12:00:05.594+01:00Fazer o outono de navalha no bolso|E.M. Valmont<br />
<br />
A navalha, fria, faz-se ouvir<br />
mais que as palavras gritadas<br />
na boca o sangue que advir<br />
cuspido em postas sustidas<br />
<br />
porventura almas mal nutridas<br />
de letras, a fome espertina<br />
o punho do pobre à guilhotina<br />
de um país podre, nas despedidas<br />
<br />
a navalha dá grandeza <br />
à guerra que se quer dizer <br />
em palavras, parece poder <br />
de certo apenas incerteza <br />
<br />
de como crescem as crianças<br />
quando o outono deixar cair<br />
as folhas mortas e as vinganças<br />
<br />
de como crescem as crianças<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-10255346135714763362014-05-22T11:57:00.000+01:002014-05-22T11:57:00.763+01:00Tento adormecer|Tomás Gomes<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Tento
adormecer. Aguardo inquietamente pela sonolência enquanto me reviro nos
lençóis. Desisto, puxo-os para baixo e tento apanhar um pouco de ar fresco.
Assumo a minha fraca posição face ao meu cérebro. Cedo à tentação e penso. É
notório que ele quer que eu pense. Olho à minha volta. Está escuro. Vejo tanto
e tão pouco. <u></u><u></u></div>
<div class="MsoNormal">
És a
primeira imagem, lembrança que me ocorre, é inevitável. Surge a tua imagem
desalinhada. Surge em mim todo um algo igualmente desalinhado que despoleta
algo em mim. O amor domina-me. A partir deste momento perdi a qualidade que nos
distingue dos animais, deixei de ser racional. Imagino-te ao meu lado. Nua. Tão
tu, que mesmo em frente ao espelho dificilmente te reconhecerias perante tanta
pureza, tanto sentimento. Constrói-se toda uma imagem mental: os teus olhos na
minha direcção, o teu corpo sobre o meu. A tua pele, fria. A tua pele fria.
Beijo-te, já perdido em ti. Deixando de tentar perceber o “nós” deixando de
tentar perceber tudo. Passo para um mundo à parte. Só deus sabe o quanto amo
esse mundo em que tenho vivido tão grande parte da minha vida desde que olhei
com olhos de ver esses teus olhos que deviam de condenar quem te olha com olhos
de observar. Imagino eu e tu, um só. Imagino tu a saíres de cima de mim, a
regressares ao meu lado, a colocares o teu braço sobre o meu peito e a
simplesmente adormeceres. Estou apaixonado.<u></u><u></u></div>
<div class="MsoNormal">
De
repente desapareces. O pânico domina-me. Finalmente apercebo-me de que
adormeci, acalmo-me. Deixo-me sonhar, tinha tantas saudades de sonhar. Sonho
contigo, e deixo-me levar, apenas levar. Que a minha alma se eleve acima do meu
corpo, que abandone esta ataraxia que me domina de forma sublime, que me
entristece o corpo, que me entope as veias e fere o coração. Que se eleve acima
de tudo, que te leve com ela. Que fiques comigo, não para sempre, mas durante o
maior tempo possível em que ambos sejamos felizes.<u></u><u></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Morri.</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-39731861510060446712014-05-21T11:56:00.000+01:002014-05-21T11:56:00.352+01:00Onde mora a escuridão|Liliana Leça<br />
<br />
Abri os olhos, pesados e lacrimejosos que ardiam como chamas vivas. Era tudo negro, tão negro que não me permitiu perceber onde estava e se era de noite ou de dia. Virei a cabeça para um lado e depois para o outro...mais escuridão. Não havia nada para além do nada. Nem um único som, nem uma única imagem...nem um único odor que pudesse reconhecer como meu. O ar preenchia-se de um calor cruél, que invadia a minha pele sem pedir permissão e queimava as minhas costas sem dó nem piedade. Tentei erguer-me rapidamente,mas o meu corpo foi obrigado a não obedecer. Uma força implacável puxou-me para baixo e manteve-me colado àquele solo escaldante. Ergui as mãos bem em frente ao rosto, aliviado por não estarem atadas ou presas a algum sitio.Depois, movimentei os pés que também estavam livres. Não havia razão para não me conseguir mover normalmente. Tentei levantar-me pela segunda vez,mas aquele peso bruto e invisível tornou a empurrar-me para o chão. Era uma força muda e vazia e começava a causar-me arrepios. Naquele exacto momento eu soube que tinha de sair dali. Não havia tempo para questionar os inúmeros "porquês" que me sufocavam a mente. Senti o gosto a perigo através do suor que escorria pelas minhas têmporas e nao gostei do paladar...Ácido e amargo ao mesmo tempo. Soltei um grito que ecoou pelo vazio daquele lugar que eu não sabia onde era...um grito que transbordava medo e desespero. Talvez alguém me ouvisse...Talvez não fosse tão solitário como me assumia ser e alguém desse por minha falta.Talvez...<br />
Gritei sem cessar, mesmo quando já nada existia para além de um som mudo e abafado. As minhas forças tinham decidido abandonar-me e o que restava agora era apenas um corpo inerte e fraco. Um corpo que já não parecia ser o meu, de tão vulnerável e inútil que era. O silêncio ocupou novamente aquele espaço e a única coisa que se ouvia eram as batidas desenfreadas do meu peito. As batidas da minha própria cobardia. Mas repentinamente, ao longe, surgiu outro som. Eram passos... passos vagarosos que se arrastavam até mim num ritmo tortuoso e agonizante. Foram ficando cada vez mais perto e eu aguardava-os impaciente, sem ter como fugir. Até que finalmente pararam e abriu-se uma porta. Atrás dela, havia uma luz ténue que iluminava um vulto de homem que se manteve nas sombras. Um calafrio percorreu-me a espinha, quando a sua voz áspera me saudou:<br />
<br />
____ Caro Arthur!Sabia que um dia virias até mim!<br />
<br />
____ Que...quem...Quem és tu?O que me fizeste?__ perguntei, petrificado.<br />
<br />
O homem soltou uma gargalhada estridente que me gelou os ossos.<br />
<br />
____ Podes chamar-me o que quiseres, mas normalmente chamam-me Diabo! Agora segue-me...vem conhecer a tua nova casa!<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-21979384552672475232014-05-20T11:55:00.000+01:002014-05-20T11:55:00.306+01:00Humanos e só isso|Ana Pereira<br />
<br />
Em virtude de algumas sensações que me conseguem abarcar e fazer-me sentir estupidamente completa e incompleta ao mesmo tempo, escrevo estas palavras, fruto de um subconsciente enredado a que chamo coracérebro (perdoem-me a aglutinação inexistente, mas achei que precisava de lhe chamar alguma coisa que, pelo menos para mim, tenha alguma lógica).<br />
<br />
Sofro de uma fraca capacidade de transpor emotivamente aquilo que sinto, tem sido um grande entrave à minha realização pessoal. Gosto de pensar que de certa forma por escrevinhar aqui ou ali me consigo expressar melhor, não que seja qualquer tipo de Fernando Pessoa e longe de mim ser um Luís Vaz de Camões, quero ser a Ana, uma pessoa, um ser que se interpõe através de uma narrativa construída a partir de uma filosofia própria e um vocabulário um tanto (ou realmente nunca) adequado.<br />
<br />
É muito mais fácil escrever sobre sentimentos do que sobre nós mesmos, ou assim deveria ser segundo a ordem natural das coisas (ordem essa que alguém estabeleceu, mas como eu sou um bocadinho rebelde, vou fazer-me de esquecida e apaga-la da minha memória, por favor, não me censurem agora), eu gosto de ser diferente, não aquele diferente chato que passado um x tempo começa a ser igual a tudo e mais alguma coisa porque sejamos sinceros, há sempre aquele fulano irritante que teima em roubar um pouco de nós, mais que não seja aquele stalker que recolhe os cabelos que ficam presos nos parafusos das cadeiras. Não, não pensem que me divirto a perseguir pessoas, nada disso, antes pelo contrário, sinto-me perseguida por uma carrada de gente igual, feita em série, fabricada numa sociedade pútrida que mais não faz do que infestar a nossa vida com pessoas vazias e irritantes, estupidamente irritantes. Sabem o que acho? Seria muito bom termos algum tipo de “homencida” (aqueles sprays que se compra para afastar mosquitos, mas numa versão anti estes seres) que nos permitisse chutá-los- oh sim, chutá-los parece-me uma boa ideia.<br />
<br />
Oh, eu não odeio a Humanidade, calma com isso que também sou Humana, carne, osso e alma- ah sim, alma é isso que faz falta a muito boa gente- mas sabem o que me deixa a fervilhar por dentro? Bem, já sei o que pensaram seus marotos, mas não, nada tem a ver com isso. O que me faz sentir a fervilhar e cada vez mais refeita e contrafeita é a capacidade de me fazer letras, de despejar o meu coração numa infinita combinação de letras, palavras e verbos, é engraçado sabem? Mas melhor ainda é ter-me apercebido que de entre tanta gente há sempre uma ou outra pessoa que pára e lê, mas com olhos de ler, aquela operação exaustiva que nos faz esmiuçar cada bocadinho da narrativa, certamente sabem do que falo…sinto-me extremamente orgulhosa por ter encontrado neste mundo tão grande, pessoas que me fazem apagar e reescrever a minha vida, construindo-me e refazendo-me a cada parágrafo. Obrigada por existirem e se destacarem neste antro de macaquinhos de teste, vocês fazem de mim mais Humana e só isso.<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-51545079331508535402014-05-19T12:05:00.003+01:002014-05-19T12:05:42.945+01:00Parceria BranMorrighan & Revista Literária Sítio - Eis os escritores talentosos!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-PkquCS-3BUU/U3nlRhQPpkI/AAAAAAAADrI/ryCaV1f4tGE/s1600/1519672_724677547556116_1172532418_o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-PkquCS-3BUU/U3nlRhQPpkI/AAAAAAAADrI/ryCaV1f4tGE/s1600/1519672_724677547556116_1172532418_o.png" height="320" width="234" /></a></div>
<br />
Esta semana publicamos os resultados da parceria entre a Revista Literária Sítio e o <a href="http://www.branmorrighan.com/">Blog BranMorrighan</a>.<br />
<br />
Entre os vários participantes foram escolhidos os textos em prosa de Ana Pereira, Liliana Leça e Tomás Gomes, e os poemas de Carina Portugal e E.M. Valmont.<br />
<br />
Durante toda a semana procederemos à publicação de um texto por dia. Agradecemos a disponibilidade do <a href="http://www.branmorrighan.com/">Blog BranMorrighan</a> para esta ideia e esperamos que entre os autores escolhidos possam estar futuros colaboradores regulares da Revista Literária Sítio!<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-89422799022791438862014-05-17T11:48:00.000+01:002014-05-17T11:48:00.175+01:00Beira Rio|Matheus Mineiro<br />
<br />
<br />
arrastei ate a beira desse poema a carcaça<br />
de uma capivara que ate então vivia<br />
roendo a beira da palavra rio<br />
talvez<br />
escavando seu sistema digestivo<br />
eu colha esse rio<br />
e ele me ensine a fluir<br />
tal-qualmente uma corrente.<br />
digo escorrer<br />
observando a noção de nascente <br />
até as<br />
primeiras pedras<br />
e quedas e diques e esgotos.<br />
me ensina arespirar com as guelras dos lambaris<br />
e decolar com as asas das garças.<br />
uma amiga índia chorou tanto uma vez que<br />
de seus olhos saíram o Rio Passa Quatro, corredeiras e mananciais.<br />
eu poderia por um dia ser água turva,<br />
estilo rio negro<br />
e ser nadado por um boto rosa.<br />
ou ser água da praia da cajaíba aguardando os espinhos do baiacu.<br />
tenho amigos que parecem fontes de água mineral quando conversamos.<br />
dispensar o cérebro qualquer dia desses<br />
só para ter uma bacia hidrográfica dentro do peito.<br />
ser rio e ser choro.<br />
saber da esquisitice da água<br />
que é embriagar a sede.<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-29448262888531510502014-05-16T11:47:00.000+01:002014-05-16T11:47:00.652+01:00Porca selvagem do mato|Matheus Mineiro<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">quando convive ou</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> quando</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">escreve</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">tudo parece ferramenta cirúrgica
que bifurca pele</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">quando convive ou quando escreve</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">cada sílaba é </span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> lâmina de
um canivete</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">que corta a barriga de uma porca selvagem do mato</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">para jorrar um caldo </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">muito</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">mas muito pastoso </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">até
que o poema entre no mundo como
um homem </span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> soltando grunhidos.</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">soltando
grunhidos.</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">soltando
grunhidos.</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">fazendo
carícias na garganta do grito </span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">se depara
com o abatedouro diário</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">dentro
do pensamento.</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> quando a lamina passeia pela garganta da
porca selvagem do mato</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">percebes que
o mundo é aquela irritação nas suas amígdalas . </span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">fazendo
carícias na garganta do grito </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A rotina da cidade é entalhe feito
por instrumento cortante.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">nos faz apalpar a lâmina de um
serrote soletrando o verbo insistir.</span><o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">junto a esse incomodo que é sentir o
tédio cutucando meus rins.</span><o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-19042735556882717072014-05-15T11:47:00.000+01:002014-05-15T11:47:00.477+01:00Fertilizando|Matheus Mineiro<br />
<br />
mesmo completando 25 anos daqui a uma semana<br />
deitado nesse assoalho da modernização<br />
entre o papo das estrelas com o teto<br />
acordo todo dia<br />
como se fosse uma sílaba de um embrião<br />
desenvolvendo-se dentro da palavra feto.<br />
me seguro com as duas mãos bem firmes <br />
no meu cordão umbilical ,cabo de guerra, <br />
acoplado na região abdominal do meu astral<br />
ligado diretamente na placenta do planeta terra.<br />
Estalos elétricos rompem do cérebro<br />
nutrindo-o de instigas .<br />
dias e meses e anos e juros se passam,como um javali do mato<br />
calcando do abstrato ao concreto.<br />
enquanto me querem ver cadáver<br />
acordo todo dia em estado de feto.ciente que é a partir de arranhões que se abre a amplidão,<br />
na infantilidade da unha já existe a disposição de garras.<br />
enquanto me querem ver cadáver<br />
acordo todo dia em estado de feto.<br />
ensopado de sonhos ,objeto antes distraído agora feito um animal desperto<br />
acordo todo dia em estado eufórico de feto<br />
ensopado de afeto e daquele liquido pastoso branco do pós parto.<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-88089124571373964652014-05-14T11:46:00.000+01:002014-05-14T11:46:00.021+01:00Estilete|Matheus Mineiro<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
a silaba tônica da palavra rotina</div>
<div style="text-align: center;">
estilete que raspa qualquer língua.</div>
<div style="text-align: center;">
delicadamente no seu estiletar </div>
<div style="text-align: center;">
arranca uma pelanca do peito</div>
<div style="text-align: center;">
e abre um fiorde que se estende ate o crânio,</div>
<div style="text-align: center;">
saco do mamanguá</div>
<div style="text-align: center;">
delicadamente aberto neste estiletar.</div>
<div style="text-align: center;">
de-li-ca-da-mente</div>
<div style="text-align: center;">
qual estilete </div>
<div style="text-align: center;">
este </div>
<div style="text-align: center;">
que massageia a palavra cidade e</div>
<div style="text-align: center;">
navalha tudo que nossas ânsias contem de casca,</div>
<div style="text-align: center;">
de polpa,de pele.</div>
<div style="text-align: center;">
qual estilete </div>
<div style="text-align: center;">
este </div>
<div style="text-align: center;">
da silaba tônica da palavra rotina</div>
<div style="text-align: center;">
que perfura a rubra barriga da tarde</div>
<div style="text-align: center;">
e vazam estrelas e estrelas e mais estrelas </div>
<div style="text-align: center;">
no preto pontilhado do piso do céu</div>
<div style="text-align: center;">
e cada cidadão em sua orbita</div>
<div style="text-align: center;">
vira de costas para o sol e se anoitece .</div>
<div style="text-align: center;">
mesmo a meia noite pessoas agem</div>
<div style="text-align: center;">
como um sol de meio dia que arde.</div>
<div style="text-align: center;">
besunta os cacos de vidro</div>
<div style="text-align: center;">
com a saliva</div>
<div style="text-align: center;">
quando soletra a palavra descanso.</div>
<div style="text-align: center;">
rasga a letra M do mundo </div>
<div style="text-align: center;">
e espirra uma menstruação nuclear ,</div>
<div style="text-align: center;">
carmesim,</div>
<div style="text-align: center;">
que sera entornada dentro</div>
<div style="text-align: center;">
de um hermafrodita ;</div>
<div style="text-align: center;">
num útero de ovários que funcionam quão ogivas;</div>
<div style="text-align: center;">
primeiro detona e</div>
<div style="text-align: center;">
depois surgem os cacos de luz.</div>
<div style="text-align: center;">
os dias passam como um estilete ,</div>
<div style="text-align: center;">
uma incisão cirúrgica sem sedativo</div>
<div style="text-align: center;">
por nossas vidas.</div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-77990233626952783422014-05-13T11:45:00.000+01:002014-05-13T11:45:00.032+01:00Pequeno dossiê sobre a imensa problemática na rotina de um médio cid-adão|Matheus Mineiro<br />
<br />
boiar pela orbita da calçada<br />
como se fosse apenas mais um cometa <br />
que não cometa trans<br />
tornos em torno de si<br />
sendo apenas mais um cometa<br />
numa rua ,declive pulular,desse uni<br />
verso<br />
pop<br />
ular.<br />
I I<br />
que destranca a porta da solitária palavra casa,<br />
estende uma lua cheia e outra lua minguante<br />
no varal estrelado da noite<br />
e com o intuito de amanhã bem cedo<br />
vestir a camiseta azul do amanhecer<br />
pendura seu sol em algum cabide.<br />
sendo mais um dia escorrendo sobre seu corpo<br />
sendo mais um vento escorrendo sobre seu agreste.<br />
vorazmente o calendário range seus 12 dentes em 365 contrações<br />
e este corpo agreste agradece os esforços dos corpos celestes<br />
que impreterivelmente amanhecem e anoitecem<br />
como as pessoas que im-pre-te-ri-vel-<br />
- mente amanhecem e anoitecem.<br />
mesmo com um chip implantado no fêmur das suas condutas.<br />
I I I<br />
sonha matar a sede na língua da palavra montanha<br />
para retornar fluindo e jorrando pelas trilhas do dia a dia<br />
abraçado pelos dois braços da letra V que o conecta ao verbo viver<br />
nessa humanidade que é um Adão digital ,Adão negro de fuligem<br />
perplexo e nu diante das palavras;<br />
com a mesma perplexidade da brisa quando é apresentada a um tufão<br />
vê sua costela menstruando e tenta endireitá-la ,mas costela é osso torto.<br />
acorda todo gênese diante dos apocalipses de todas as manhãs.<br />
um esperma a espera da globalização.<br />
dessa gaiola azul aqui ninguém corre.<br />
Sendo que no dia do velório ao invés de choro<br />
ocorrerá um chá de bebê eufórico e ao invés de flores e cova serás arremessado<br />
dentro de uma bolsa fetal .<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-63310673761522915532014-05-12T11:44:00.002+01:002014-05-12T11:44:54.718+01:00Poesia|Matheus Mineiro<br />
<br />
Vulcão expele 5 milhões de pétalas<br />
mas borrifo de gás metano e lava fica por conta dos corações e dos neurônios;<br />
músculos e sentimentos constritores<br />
enroscando do peito à cabeça<br />
como uma píton de metros e metros.<br />
deixar as pessoas tontas e distraídas<br />
para assim sugar da sua corrente sanguina<br />
toda tenacidade,<br />
mas a motivação vem pra desentupir veias,arrebentar varizes,<br />
colocar o ossos da coluna no lugar.<br />
ser 15 elefantas africanas no cio dentro de um pequeno pote azul , que este o mundo.<br />
mesmo sobre um col-chão de clarofilito<br />
cada braço da rua,<br />
calçadas,me benzem.<br />
sonho com um olho e fico atento usando o outro.<br />
repito a mesma posição<br />
pélvica e transversal<br />
em que me encontrava<br />
dentro da bolsa fetal<br />
de minha mãe.<br />
no entanto sinto torcicolo,<br />
inflação, imposições,regras<br />
chumbo no pescoço de qualquer um.<br />
<br />
repúdio aos horizontes estancados dentro de um monóculo.<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-41258773596938359512014-05-12T11:40:00.002+01:002014-05-12T11:40:45.310+01:00Matheus Mineiro - Biografia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-wbaZ1y3HnGY/U3ClEX1RcdI/AAAAAAAADqg/pVBJyFpvtC8/s1600/1009827_615354778504474_1527752663_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-wbaZ1y3HnGY/U3ClEX1RcdI/AAAAAAAADqg/pVBJyFpvtC8/s1600/1009827_615354778504474_1527752663_n.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
Matheus Mineiro artesão e poeta autor do livro <i>A Cachoeira do Poema Na Fazenda do Seu Astral</i>,2013.<br />
Se encontra radicado na bucólica Serra dos Órgãos .<br />
<a href="http://www.apologiapoetica.blogspot.com.br/">www.apologiapoetica.blogspot.com.br</a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-37072498749813097482014-05-11T10:49:00.000+01:002014-05-11T10:49:00.816+01:00Mestre|Luis Coelho<br />
<br />
Seguem-te esquecendo-se,<br />
Desvelam a ilusão,<br />
nutrem-se no teu furúnculo,<br />
Restringem-se<br />
na acção, na cognição,<br />
porque os injectas na sua base,<br />
no seu homúnculo reptiliano,<br />
porque os aprisionas na culpa ditosa,<br />
crias as regras da sua estase,<br />
os apetrechos ocos do seu córtex,<br />
<br />
Opera-los, tritura-los, redu-los à sua condição,<br />
Lembras-lhes a sua Humanidade,<br />
porque é tua, a que já foi deles, pobre volição,<br />
Trazes ao mundo a esperança,<br />
quando oca é a vida e vã a temperança.<br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-19369981955755819992014-05-10T10:50:00.000+01:002014-05-10T10:50:00.551+01:00Mapas|Luis Coelho<br />
<br />
Não me procures na urgência de medidas,<br />
Não vejas em mim a tua distância definida,<br />
Não procures no meu corpo os teus limites sucumbidos,<br />
Não vislumbres no meu olhar a aceitação dos dias preteridos.<br />
Não venho para dar Luz, como os instrumentos de outras Eras,<br />
Não venho estender vias, como fronteiras predestinadas,<br />
Trago em mim os velos e a urgência do mistério,<br />
Trago comigo a Noite e a mística do baptistério,<br />
Trago comigo a sombra e o silêncio das esculturas,<br />
Trarei em mim o secreto e os deuses das alturas,<br />
caindo como anjo mortal do solstício das agruras.<br />
<br />
Não sou Razão, como via direccionada,<br />
Não teço soluções nem a voz por muitos desejada,<br />
Venho perturbar, riscar a meta na deturpação<br />
da Verdade que os tempos devoraram ficcionada.<br />
<div>
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-39436478047632612292014-05-09T10:48:00.000+01:002014-05-09T10:48:00.810+01:00A Sagrada Família|Luis Coelho<br />
<br />
Pai, ao teu eco túrgido,<br />
à Palavra com que cegas,<br />
Condeno as liberdades,<br />
porque não me concedo,<br />
Não te mato em mim<br />
de te fender nos outros,<br />
Faço-te Lei num gesto grotesco,<br />
no repente do medo,<br />
de vis demónios consentidos.<br />
<br />
Expiras em mim os pólos contrafeitos,<br />
Limitas a minha dança à dúvida do regresso,<br />
fazendo-me teu espelho,<br />
no negro perecível do teu ouro,<br />
no reflexo temível do teu núcleo.<br />
<br />
Queres-me sombra à custa de me trazeres no teu espectro.<br />
Queres-me luz à custa de querer trair o teu feltro.<br />
<br />
E eu só quero ser a Mãe do teu repúdio,<br />
matéria no asco dos teus limites,<br />
desejo, sexo e vanidade<br />
levitando,<br />
mergulhando no centro do teu túmulo.<br />
<br />
Mãe Sophia no teu filho de ousadias.<br />
Mãe do retorno perpétuo,<br />
comédia dos trabalhos, a tragédia dos dias,<br />
Eu sou o filho e trago comigo a paixão<br />
das verdades relativas, das mentiras rendidas.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2642924319730226450.post-31251255964566674712014-05-08T10:47:00.000+01:002014-05-08T10:47:00.961+01:00A paixão de Sophia|Luis Coelho<br />
<br />
Da Noite de enxofre, da costela de ouro,<br />
do pneuma, da pleura, do Sopro vital,<br />
Quedas-te do triunfo dos homens,<br />
da Imaginação,<br />
da montanha, da coroa, da obra da retorta,<br />
do corpo inconsciente criação,<br />
Fazes da carne a vaidade saturnina,<br />
o palco do teu seio,<br />
a rampa da saudade tempestiva<br />
do vazio da profecia.<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com