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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Constrói-se o poema desmancha-se

|Alexandra Antunes

Constrói-se o poema desmancha-se
O poema — que o meu soluço apreenda
O calor da tua boca
Que as graves luas encontrem as marés subindo
Na tua noite negra e fria

Retira-se o papel das formas do rosto
A ideia desenvolve uma escura luz
Colhida ao caos   esse lugar onde
Só a tua mão
É invisível.