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domingo, 13 de outubro de 2013

Pensamentos Dispersos

| Natércia Simões

Por vezes um silêncio interior
nasce em mim e vai e vem,
ao ritmo de um pêndulo
inconstante. Vem e pára,
vai e fica, preso no instante
único do agora.
Refugia-se na espera da chegada
das palavras últimas
do Adeus para sempre,
que urgem ecoar no meu destino
de te deixar ficar quando já foste.
E reúno-me longe
com lembranças que penetram
nos meus nervos e metamorfoseiam
a realidade de um sonho
que me consome e controla!







Sobre o autor: 

Natércia Simões nasceu a 25 de outubro de 1977 na cidade de Coimbra. Desde a adolescência que passou a traduzir em palavras os seus pensamentos dispersos, as suas emoções, sentimentos mais intensos, que vivem pendurados à janela do “andar mais alto da mais alta torre da sua majestosa mansão”, à espera de serem libertados, de calcorrearem o mundo, porque “a vida é curta a vida”. 
É licenciada em Comunicação pelo Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração – Aveiro, vive e trabalha no concelho da Figueira da Foz , é mãe de um pequeno reizinho, D. Afonso I e único. Adora ler, escrever, ouvir boleros, de jogar à bola na rua com e como os miúdos e principalmente criar. Considera-se por natureza uma idiota, pois a sua mente é um verdadeiro formigueiro cheio de ideias formiguejantes, “todas a formiguejar, num verdadeiro formigamento”. 
Plantou uma árvore, várias até, embora nem todas tenham vingado, mas de algumas já colheu frutos; teve um filho muito desejado, que se fez esperar e chegou inesperadamente, quando a esperança já se tinha apartado de si; escreveu um livro, anseio secreto, finalmente concretizado, em “Pensamentos Dispersos”. 

Sobre o livro: 

Não hesite no passeio lento e consciente por mim. Melhor é permitir-se ir…
Sinta o pulsar da vida em “palavras envoltas em breus, brumas e nevoeiros” mas também “nuas, despidas e desprovidas de ontens”. 
Encontre-me e permita encontrar-se neste livro, onde pensamentos dispersos, mas não perdidos, se sentam, por vezes, num baloiço, suspenso em cordas velhas e num baloiçar lânguido trazem até nós, nos dias do nosso dia, lembranças, sentires, emoções, sítios ocultos da memória. 
Juntos partilharemos sensações da alma e do corpo, numa viagem a um eu interior, inquieto, que apenas quer SER.