Dormíamos de
janela aberta
e aliada ao
sangue a lua
era véu que nos
retardava a face
Desavinda da
terra
montavas à
sombra de estacas
o corpo
onde havia de
passar o meu
modesto,
incontuso
afeiçoava a água
em espirais
Entre nós não
havia lisonja
e parando os
gestos revelavam
o pó comestível
da febre
A doença era o
nosso sintoma
Se te amava era
sem sono
adiando a noite
inteira
a comprida
dormência dos membros
no nosso futuro
andamento
fantasmas